Foto: Polícia Rodoviária Federal (PRF)/Divulgação
Os avanços da tecnologia só fazem aumentar a vigilância do “Big Brother” da vida real. Além de equipamentos que multam por média de velocidade para ir de um lugar a outro (se percorrer 80 km em menos de uma hora, é sinal de que ultrapassou a velocidade máxima), que já são usados em poucos lugares, agora a Polícia Rodoviária Federal (PRF) começou a testar o uso de drone para multar motoristas que cometem infrações.
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Nesta primeira fase, as aeronaves não-tripuladas vão sobrevoar a BR-282 (Via Expressa) e BR-101, entre São José e Palhoça, além da BR-262, em Minas Gerais, onde já está instalada sinalização indicativa deste tipo de fiscalização.
O uso de drones tem foco em infrações como uso de telefone celular ao volante, presença de caminhões e carretas na faixa da esquerda e a falta de uso de cinto de segurança. Com capacidade de zoom de até sete vezes e podendo voar a altitudes entre 10 e 20 metros, as aeronaves garantem ao policial visão privilegiada, e funcionam como plataforma elevada de observação. Pelo drone, uma placa pode ser identificada a 800 metros de distância.
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A fiscalização com drones, conforme explica Leandro Andrade, chefe da Delegacia PRF em São José, funciona como um “binóculo moderno”, estendendo e ampliando a visão dos policiais. Ele detalha que os motoristas flagrados não serão abordados no momento do flagrante; em vez disso, as infrações serão registradas para posterior autuação, devido ao grande volume de veículos, à falta de acostamento e à preocupação com a segurança de quem utiliza a rodovia.
Os dois drones da PRF em Santa Catarina são registrados na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), e os policiais encarregados pela operação foram capacitados pela Polícia Militar Rodoviária (PMRv/SC) e possuem certificação para a condução de aeronaves. Cada operação é planejada previamente e tem plano de voo registrado no sistema da Aeronáutica, em conformidade com as normas de segurança.
Vários testes operacionais foram realizados no mês de agosto, com as fiscalizações tendo iniciado mesmo em setembro, com uma equipe padrão composta por três PRFs: um operador de drone, um observador de ambiente e um responsável pela segurança da equipe e dos usuários da rodovia.
A partir desses testes, a PRF avalia a possibilidade de passar a usar drones para aplicar multas em todo o Brasil. Em Santa Catarina, a PRF também planeja fiscalizar rodovias por meio de câmeras fixas. Os equipamentos vão monitorar pontos estratégicos, sempre sob supervisão de um policial.